Esqueça alvenarias brancas e sem graça e prepare-se para entrar num mundo de possibilidades para dar personalidade à decoração. Há soluções, por exemplo, que tiram proveito da madeira – em lâminas ou em peças maciças –, outras recorrem a papéis de parede com texturas que lembram pedras ou tecidos. Quer algo mais arrojado? Aprecie então um mosaico feito com refugos de olarias e também uma atraente composição montada de placas cimentícias. Confira propostas marcantes e descubra ideias que irão realçar paredes, tetos e pisos.
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Refúgio no sótão - Para assegurar aconchego a sua sala de convivência, o arquiteto carioca Mauricio Nobrega, para a Casa Cor São Paulo, escolheu uma enorme estante de freijó lavado. O móvel ocupa a parede principal, envolvendo totalmente o ambiente. “Para destacá-la ainda mais, projetei o forro de forma que ele avançasse em diagonal, acompanhando o desenho da marcenaria”, explica Mauricio. De madeira certificada e tramado de couro, o banco criado pela designer Maria Cândida Machado faz as vezes de mesa de centro para o sofá de linho. Entre as antiguidades que enfeitam o estar, destaque para o cavalinho do século 19.
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Estratégias de aconchego - Para evitar que os 5 m de pé-direito comprometessem o conforto da sala da família, a arquiteta Andrea Chicharo, do Rio de Janeiro, lançou mão de algumas artimanhas. Projetou um rodateto e um rodapé de 90 cm cada um e, entre eles, instalou papel de parede que imita a textura do linho. “Isso fez o espaço parecer menor e mais acolhedor”, explica. O tapete em tons de cru e marrom, cobrindo todo o piso, também faz parte da tática. Recheado de pluma de ganso e revestido de linho, o sofá John, como mesa acoplada, convida a relaxar. Luminária da Foscarini.
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Para relaxar e apreciar - Com mais de 3 m de comprimento, o aquário de plantas aquáticas atrai o olhar e põe em evidência uma ideia criativa da arquiteta Francine Faraco, de Santa Catarina. O painel que envolve o tanque de água é na verdade um armário, com portas revestidas de vidro argentado bronze. Destaque também para as colunas de material sintético: com iluminação embutida, elas se transformam num elemento escultório na sala. Sobre o tapete felpudo de fios de seda se distribuem dois ambientes de estar. Separados pelo banco de imbuia rústico, ambos contam com estofados de veludo, mesas de material sintético e clássicas cômodas bombê.
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Toque suave - Tudo nesta sala é agradável de ver e gostoso de tocar. A arquiteta Eliane Farias Mendonça, de Goiás, priorizou materiais delicados, a começar pelo papel de parede listrado que imita a mesma textura do linho que veste o sofá. Para envolver a TV, Eliane criou um painel de couro branco. Abaixo dele fica o aparador de mármore travertino, que se prolonga até a lareira. Medindo 7 x 5 m, o grande tapete de náilon cobre inteiramente o piso da sala, uma delícia para andar descalço. As mesas de centro brincam com acabamentos contrastantes, uma leva espelho e aço inox escovado e a outra, freijó natural.
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Efeito especial - O mobiliário de linhas sóbrias e as cores suaves ganharam um reforço decisivo para que o ambiente não se tornasse monótono. A parede de revestimento cimentício cria ritmo na sala e foge dos acabamentos convencionais. O desenho foi criado pelos arquitetos Cláudio Mucio e Márcia Carvalho, de Goiás. “Desenhamos a composição e entregamos o modelo ao fabricante. As placas chegaram prontas, só precisamos instalar”, lembra Cláudio. O móvel de laca off-white, com prateleiras de laminado amadeirado, cumpre sua função sem comprometer o visual da alvenaria. Sofá de chenile, poltrona de linho e banqueta de crochê.
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Sóbrio e acolhedor - Destinada a um empresário, a sala clássica tem elementossurpresa que conferem personalidade ao projeto. Um deles é o painel de tábuas de madeira de demolição, de 25 cm de largura e comprimentos variados, que ocupa a maior parede do ambiente. Para realçar sua beleza, as arquitetas Claudia Palludo e Cris Piccoli, do Rio Grande do Sul, esculpiram sulcos que formam um belo desenho em toda a sua extensão. O conforto é garantido pelo sofá de algodão cru, pela chaise de couro desenhada por Charles Eames e pela poltrona de acrílico de Piero Lissoni. Abajur de vidro e espelho do designer Julius.
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Atmosfera vintage - Com a proposta de recriar o glamour e a perícia nos acabamentos dos clássicos casarões das décadas de 1960 e 70, os arquitetos Adriana Mundin e Fernando Galvão, de Goiás, cobriram todas as paredes da sala com MDF em padrão amadeirado. O revestimento lembra os típicos lambris da época e acolhe com suntuosidade o sofá em L de algodão, a mesa de mármore português desenhada pela dupla, além de dois ícones do design: o elefantinho Plywood, de madeira contraplacada, criado em 1945 por Charles e Ray Eames, e a poltrona Slow (2007), de estrutura de alumínio e revestimento de malha, dos irmãos Bouroullec.
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Sob a óptica do aconchego - O linho listrado que cobre as paredes da sala de estar deixa o ambiente com uma acolhedora elegância e cria base sofisticada para a decoração idealizada pelo arquiteto Marlon Gama, de Salvador. Seus tons se repetem no piso de granito macau, na estante de madeira resinada brilhante e nas poltronas desenhadas por Carlos Motta. A mesa de centro é uma peça especial da designer Larissa Digoli: sobre a base de resina preta, quatro caixas de vidro funcionam como vitrine para objetos de coleção. Três fotografias de Mario Cravo Neto completam a proposta.
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A casa como um ninho - Madeira envolve toda a sala e cria um clima de bem-estar neste projeto arquitetado pelos designers Salvio Moraes Jr. e Moacir Schmitt Jr. As paredes estão vestidas de laminado microtexturado, com oito camadas de verniz, o que confere uma acolhedora aparência. No teto, as réguas de ipê receberam vários pontos de luz, focados de maneira a criar diferentes cenas no ambiente. Estofados de linho compõem a decoração, que conta ainda com belas obras de arte, como o painel de 2,20 x 2,40 m, de concreto celular preenchido com massa de cimento. O trabalho representa a figura das Três Graças, da mitologia grega.
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Conforto consciente - Baseada no conceito de sustentabilidade, a arquiteta Manuela Senna, de Minas Gerais, escolheu como revestimento da parede da lareira sobras de olarias. O mosaico é fabricado de cerâmicas que apresentam algum defeito, como quebra e deformação. Nas laterais, a alvenaria foi forrada de lâminas de peroba. O aconchego é reforçado pela luz cálida das luminárias Glide. “As cúpulas de freijó sobem e descem, diversificando a iluminação do ambiente”, explica Manuela. Distribuída sobre o grande tapete de náilon, a decoração conta com poltrona de Pedro Useche, mesa de centro de freijó e sofá de linho.
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Atração pela madeira - Para oferecer uma suíte acolhedora à cantora baiana Claudia Leitte, a arquiteta Karina Afonso, de São Paulo, apostou nos atributos da madeira. As paredes foram pintadas com tinta especial de efeito amadeirado e, como num prolongamento da alvenaria, altas estantes vazadas, de madeira de laca brilhante, surgem em várias partes da sala. No mobiliário, destaque para o suprassumo da indústria italiana, como o sofá de linhas contemporâneas e a mesa de centro de vidro cristal. Cortinas e persianas rolô de tecido translúcido suavizam o tom escuro do ambiente. “Me inspirei na elegância de Claudia”, diz Karina.
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Seleção de ilustres - As paredes e o teto de arquitetura eclética compuseram o cenário ideal para a arquiteta Gisele Taranto, do Rio de Janeiro, distribuir seu elenco de peças de design contemporâneo. Protagonizando a decoração, o sofá Groundpeace, desenhado por Antonio Citterio, e as poltronas da FlexForm harmonizam-se com a mesa de centro de mármore nero-marquina, de Gisele Taranto, com os pendentes, de Tom Dixon, e com a luminária Smoke House, da Vertigo Bird. Nos janelões de 2,70 m de altura, cortinas de algodão no tom berinjela causam contraste com a alvenaria branca.
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13/14 (Divulgação/CASACOR)
Noites quentes de inverno - Para aquecer os dias frios de Curitiba, a arquiteta Daniele Viesser Valente, do Paraná, elaborou esta sala a partir da lareira. O equipamento, abastecido a álcool, ganhou lugar de honra, cercado por um painel de pínus autoclavado. “Para não aquecer demais esse ecológico revestimento, ele foi colado sobre uma chapa de zinco envolvida por lã de rocha”, explica a profissional. A temperatura agradável do ambiente também é assegurada pelo grande tapete de poliéster, feito do aproveitamento de garrafas PET. No teto, o mesmo pínus cria detalhes no forro de drywall. Estofados de linho completam a proposta.
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Aconchego a dois - A luminosidade tênue e o calor suave da lareira elétrica criam a atmosfera perfeita para o romance neste ambiente orquestrado pela designer de interiores Iara Santos, de Minas Gerais. De frente para o painel de laca, as confortáveis chaises retráteis de seda ganham lugar de destaque. As paredes ostentam revestimentos delicados: papel azul com textura de seda e laminado de MDF amadeirado, na cor bétula. Com a mesma pegada de aconchego e sofisticação, o tapete de fios de seda sintético cobre parcialmente o piso de laminado flutuante. A tela de Mauricio Couto fica simplesmente apoiada na parede.