Ambientes com poucas fronteiras visuais, onde se pode interagir comos espaços vizinhos sem se mover do lugar, estão cada vez mais em evidência, refletindo o estilo de vida do morador contemporâneo.Na casa do século 21, ninguém se isola, o gostoso é estar rodeado de gente querida, compartilhando prazeres como cozinhar, assistir a um bom filme na megatelevisão, navegar na internet e conversar. Neste capítulo, você vê propostas assim, em que o living se desdobra em várias atividades comunitárias.
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Viagem literária. Para acomodar os mais de mil livros que se espalham pelos ambientes deste loft dedicado a um pensador contemporâneo, as designers de interiores Sonia Lacombe e Angela Borsoi, de Brasília, escolheram estantes inspiradas no desenho dos móveis escandinavos. O sofá de couro e as premiadas poltronas Cordame, de Eduardo Baroni, garantem conforto na leitura e nas conversas sobre literatura. No piso original de granitina, o patchwork de tapetes kilim faz bonito junto da mesa com base de tronco rústico. A luminária colorida leva a assinatura de Tom Dixon.
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Para receber e relaxar. Os estofados, com sofás e chaises acoplados, dão indícios de que esta sala está preparada para reunir as visitas e também a família em encontros informais. A ideia é da designer de interiores Jóia Bergamo, de São Paulo, que apostou em sistemas de automação controlados por iPhones e iPads para regular iluminação, persianas e aquecimento do piso de acordo com os diferentes momentos do ambiente. Escultural, a lareira a gás moldada em aço corten está entre os destaques do projeto, assim como a delicada estante, que se confundecom a parede revestida de madeira de reflorestamento.
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De volta para casa. O designer de interiores Genésio Maranhão, de Goiás, homenageou sua conterrânea Ingrid Guimarães com um refúgio que remete à época em que a atriz morava em Goiânia. “Preenchi o espaço com itens relacionados à juventude de Ingrid”, conta ele. Para expor peças tão preciosas, a estante de 7,50 m, de MDF revestido de freijó, possui inúmeros casulos, além de uma placa de vidro preto de 3 cm de espessura que corre por toda a extensão do móvel, levando a TV incrustada para os diferentes ambientes do loft. Destaque para as cadeiras Diz, de Sergio Rodrigues, pintadas de rosa-forte.
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Temperos à mão. Cozinhar e cuidar da horta são os hobbies do cliente imaginado por Flávia Martins, Felipe Lobão e Antônio Cláudio de Souza Leite, do Rio de Janeiro. O trio, então, decidiu criar um ambiente que reunisse os dois prazeres. Aproveitando a vistosa parede de pedra original, foi erguida uma estrutura de ferro e madeira que deu lugarà estufa – onde são cultivados temperos e ervas –, à cozinha experimental – para elaborar as iguarias preparadascom os ingredientes colhidos na hora –, e ao estar, decorado com poltronas de Carlos Motta e sofá de lona de caminhão.
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Refúgio na floresta. Para criar essa atmosfera, a arquiteta Leticia Ruivo, de São Paulo, imprimiu uma imagem da natureza em um tecido transparente e o transformou em forro para a cortina de seda e linho. A mistura de elementos modernos e rústicos e a rica composição de texturas sobressaem no ambiente. O papel de parede de seda proporciona efeito tridimensional, assim como o painel de reflorestamento. A grande mesa de desenho orgânico, feita de um pedaço de tronco da árvore pequiá, serve tanto ao trabalho quanto às refeições.
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-tamanho não é problema. O apartamento diminuto de 40 m² não intimidou os arquitetos Samy Dayan e Ricky Dayan, de São Paulo, a criarem um espaço multiúso. Reunidos, sala, home theater, copa e escritório ganharam conforto e descontração graças ao generoso sofá e ao tapete felpudo. A mesa de vidro, usada como escrivaninha e tampo de refeições, faz a fronteira entre os espaços. Um revestimento que remete ao concreto cobre as paredes. Entre as ripas de cumaru, a iluminação cênica, com lâmpadas AR 48, destaca as telas de Leandro Spett. “Mostramos que ascaricaturas podem ser vistas como obras de arte”, conta Samy.
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Churrasqueira à moda paranaense. O clima frio de Curitiba faz com que a prática de churrasquear aconteça em ambientes internos. Por isso, ao receber umavaranda para decorar, a designer de interiores Gisele Busmayer, do Paraná, não pensou duas vezes ao fechar o espaço. O layout comprido foi setorizado. Nos extremos ficam os cantos da churrasqueira e o de jogos, com teto de gesso canelado de onde vêm os fachos de luz embutidos, e entre as áreas a sala de estar. Um painel em U de pínus de demolição delimita o living e dá suporte para a TV e para os espelhos. Colocados frente a frente, os sofás de seda não comprometem a circulação.
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Tributo ao vinho. O subsolo da casa ganhou ares de uma aconchegante adega pelas mãos da arquiteta Edmara de Almeida e Silva Cavalcante, de Goiás. A transformação do espaço começou pela parede, revestida de pedras marroadas assentadas à maneira como são feitas as barragens de rios, técnica conhecida como gabião. Nela fica a estrutura de madeira laqueada e metal que comporta 300 garrafas de vinho. Para apreciar a bebida, uma grande mesa de freijó comporta oito pessoas. Quem quiser degustar sozinho se acomoda nas poltronas. A escultura-fonte de Davi Sabino abastece o espelho d’água.
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Programação familiar. O sofá de chenile tem assentos modulares que podem mudar de configuração, a iluminação controlada via iPad oferece diversas cenas e o tapete macio sobre o carpete antialérgico convida a relaxar. Todas as escolhas de Isabella Magalhães, de Minas Gerais, visam o bem-estar de adultos e crianças. “Projetei uma sala para estimular a convivência familiar, com equipamentos e mobiliário adequados a todas as idades”, diz ela, referindo-se, entre outras coisas, ao telão de 133 polegadas para cine 4D e às placas de gesso perfurado no teto e paredes, que fornecem acústica perfeita para diferentes estilos de música.
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Estar entre amigos. Os tons de cinza e marrom desta sala são estratégicos. “Para mim, essas são as cores que mais induzem ao acolhimento”, explica a designer de interiores Janete Padilha, de Mato Grosso do Sul, autora do projeto. Destinado ao encontro dos filhos e netos dos proprietários, o espaço reúne móveis confortáveis de design clássico e outros com toques de rusticidade, distribuídos em diferentes ambientes para que se possa conversar, ouvir música, ler e assistir TV, tudo ao mesmo tempo, porém com conforto. Pendentes de cristal, abajures e spots garantem diferentes cenas ao living.
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Toques bem afinados. Na sala de estar do jovem pianista, seu instrumento musical ganha lugar de honra. Sobre o piso de porcelanato, ele fica próximo à bela e portentosa estante de melamina padrão madeira. Com nichos de tamanhos diferentes, a peça de 3 m de altura vai até o teto e sua prateleira mais alta se prolonga por todo o perímetro do ambiente de 90 m². O mesmo material aparece no rodapé alto. No tapete de náilon, com desenho delicado, uma graciosa composição de mesinhas baixas redondas, de madeira natural e tampo laqueado, complementa a proposta dosarquitetos Ana Hnszel e Marcelo Polido, do Rio Grande do Sul.
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Espaço amplo e acolhedor. Com mais de 100 m² e pé-direito entre 3 e 3,60 m, a sala das arquitetas Karina Koetzler e Maria Aparecida Cury Figueiredo, de Santa Catarina, está longe de ser um ambiente frio. O segredo está nos revestimentos calorosos, como o MDF laminado, padrão amadeirado, que veste inteiramente o canto das mesas, destinadas a leitura, jogos e pequenos jantares. Na ala dos estofados, as paredes claras ganham temperatura com o veludo que reveste o sofá de 4 m e com as sedas dos bancos e poltronas. No piso, placas de porcelanato 90 x 90 cm ficam parcialmente escondidas pelo grande tapete de fibra natural.
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Chef de bem com a natureza. Neste espaço integrado de 120 m², a preocupação de seu dono, um gourmet experiente, com o meio ambiente se reflete nas escolhas de móveis, acabamentos e iluminação. Os arquitetos Fernando Hermanny e Germana Giannetti, de Minas Gerais, priorizaram produtos sustentáveis. Assim, a ilha e a bancada da cozinha apresentam um revestimento que leva 75% de materiais reciclados e 25% de pedras naturais. Todas as luminárias receberam LEDs, lâmpada de grande economia de energia e alta durabilidade. Até o tapete da sala de estar é um patchwork feito com sobras de outros tapetes.
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Moda e design. Homenageando Rosita Missoni, a matriarca da família Missoni, proprietária de uma das grifes mais desejadas do mundo, o arquiteto Léo Shehtman, de São Paulo, criou um loft contemporâneo e versátil. Os móveis e os revestimentos pertencem à coleção Missoni Home e colocam em evidência as estampas e as combinações de cores, marca registrada da empresa. O piso de pastilhas trend em tons monocromáticos, remetendo às listras características das criações de Rosita, tem desníveis, marcando onde termina a sala e começa o quarto. “Foi enriquecedor usar Missoni na decoração do ambiente”, diz Léo.
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Bagunça charmosa. Quem resiste a tentação de não mandar para a garagem aquele móvel querido que não combina mais com a nova decoração? Pois foi a ideia de manter por perto coisas que apreciamos que fez a designer Alessandra Lobo, de Goiás, elaborar esta decoração. Aqui, o carro convive com uma miscelânea de peças – poltronas de couro, baús de viagem e até ferramentas mecânicas. Longe de tumultuar o olhar, a profusão de itens garante um visual amigável, que convida a permanecer no espaço aconchegado com tapetes kilim e paredes decoradas feitas de revestimento cimentício.
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Loft de lazer. Um anexo só para curtir os bons momentos da vida é a proposta da arquiteta Elaine Carvalho, de Campinas, SP. O espaço de 86 m2 abriga mesa de sinuca, uma pequena cozinha de apoio e um estar com sofá de lona de caminhão reciclada, tingida de branco, e poltronas de tecido e de couro. A marcenaria fixa desenhada por Elaine tem acabamento de laca grafite e prateleiras com iluminação de LED. A bancada de mármore calacata embute uma pequena pia de aço inox. Sobre o piso de carvalho-americano, retalhos estonados de antigos tapetes orientais chamam a atenção.
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Descontração refinada. Os designers de interiores Katherline Torezani Colodetti e Vinicius Alberto Morais, do Espírito Santo, foram perspicazes na elaboração deste espaço, um misto de estar e garagem. A base é simples – piso de cimento queimado e paredes brancas –, mas o recheio tem boas surpresas, como as cadeira São Paulo, de Paulo Mendes da Rocha, a poltrona Charles Eames, de couro de vaca, e a premiada mesa Água, do designer DomingosTótora, símbolos do mais puro design dispostos sobre um clássico tapete aubusson.