
Peles de carneiro tornam a sala ainda mais convidativa. Arranjo de Márcio Leme para a Mil Plantas. (Cacá Bratke (jantar) e Evelyn Müller (produtos)/Revista CASA CLAUDIA)
Koselig. O termo norueguês (pronuncia-se cúshlí) traduz o espírito dos jantares de Denise Guerschman. “Crio uma atmosfera acolhedora, como a das casas de lá”, diz ela.

Estas barrinhas de cereais são servidas acompanhadas de creme de baunilha com mirtilo. (Cacá Bratke (jantar) e Evelyn Müller (produtos)/Revista CASA CLAUDIA)
O aconchego tem um porquê. “Com invernos tão rigorosos, o ambiente precisa ser koselig, pois as pessoas saem menos”, explica a chef e food stylist, que usa a experiência de sete anos vividos em Drammen, perto de Oslo, para organizar cardápios típicos da região em eventos mensais.

Dar um destino inusitado a objetos triviais, a exemplo desta jarra (176 reais), tem tudo a ver com o estilo. Colocá-la na bandeja de metal envelhecido (92 reais) só incrementa o charme. Peças da Amoreira. (Cacá Bratke (jantar) e Evelyn Müller (produtos)/Revista CASA CLAUDIA)
O cenário fica em sua sala, na zona oeste paulistana, decorada no mood da Noruega. Em vez de toalha, jogos americanos marcam os lugares à mesa, acompanhados de poucos acessórios.

À esquerda, Denise encomendou as tábuas que leva à mesa na Fashion Chef. Ao fundo, está a parede descascada da sala. “Deixei assim porque ajuda a compor a decoração”, diz. À direita e em cima, estes castiçais de latão da Vitra têm a assinatura de Alexander Girard. Preço: 935 reais, cada um, na Micasa. No centro, o carrinho de chá desenhado por Alvar Aalto pode ser encontrado na Micasa, com preço sob consulta. Embaixo, acessórios de madeira, como os que a chef usa, são a cara da Escandinávia. Aqui, ela prepara a svele, uma panqueca feita à base de soro de leite e sal de amônia. (Cacá Bratke (jantar) e Evelyn Müller (produtos)/Revista CASA CLAUDIA)
“O minimalismo tem a ver com praticidade, pois os próprios moradores cuidam da casa”, fala Lea Loureiro,com quatro décadas de atuação em lojas de design escandinavo.

À esquerda e acima, a taça, além de servir bebidas, é usada na defumação da svele com creme azedo, dill e gravlax (um tipo de salmão curado). À direita, vasos de vidro finlandeses e suecos, dos anos 1960. Custam a partir de 700 reais, cada um, na Acervo Brutto. À esquerda e embaixo, sobre a bandeja (420 euros) da Fritz Hansen aparecem a jarra (262 euros) e o balde de gelo (438 euros) desenhados pelo dinamarquês Arno Jacobsen. À venda na Atec. À direita as xícaras de porcelana de Heloísa Galvão, com exclusividade para a Amoreira, seguem o minimalismo. Valem 285 reais, o par. (Cacá Bratke (jantar) e Evelyn Müller (produtos)/Revista CASA CLAUDIA)
Outra constante naquele pedaço, a madeira vem associada ao frio. “Materiais que aquecem os interiores são bem-vindos”, aponta.

A simplicidade do décor casa com a do menu: o king crab com creme de alho-poró e maçã verde vem montado sobre uma pedra. Puro estilo! (Cacá Bratke (jantar) e Evelyn Müller (produtos)/Revista CASA CLAUDIA)
Já para aquecer o corpo, vale provar o hidromel, bebida fermentada comum nos brindes vikings. Chame os amigos e renda-se aos nórdicos!