Uma sala, duas decorações: estilo navy e natural chique
Habilidoso com tintas e tecidos, o designer paulistano Júlio Rosa está sempre renovando seu living sem comprar novos móveis. Aqui, ele compartilha duas versões do ambiente.
Por Reportagem Visual Zizi Carderari | Texto Amanda Sequin | Fotos Manu Oristanio
access_time
19 jan 2017, 11h07 - Publicado em 6 out 2014, 12h26
SALA NAVY SUPER LEVE
Deixar a sala de estar ainda mais iluminada era o desejo do designer de interiores Júlio Rosa quando apostou neste visual. Começou pelo piso: recuperou o brilho depois de lixá-lo e impermeabilizá-lo. Em seguida, pintou de branco todas as paredes e reafirmou o uso dessa cor nas capas que ele próprio confeccionou para sofás e poltrona. “Quis dar ao ambiente uma pegada navy, bem fresca. Tive essa inspiração ao ganhar algumas ampliações que retratam o mar, clicadas pela fotógrafa Kênia Hernandes”, conta. Das imagens p&b tirou a ideia de pincelar cinza-claro aqui e ali. A tonalidade surge na passadeira (By Kamy) e na escultura de arame que lembra ondas (Ana Moraes).
-
1.
zoom_out_map
1/6 (Divulgação)
SALA NAVY SUPER LEVE. Parede e estofado brancos ressaltam a obra de arte. Confeccionada com sarja de algodão, a capa renovou o sofá. A passadeira está afinada com a proposta de clarear. Um pouco de verniz, e o piso ganhou um brilho especial.
-
2.
zoom_out_map
2/6 (Divulgação)
SALA NAVY SUPER LEVE. Muito branco e gradações suaves de cinza marcam o visual de inspiração náutica nesta sala. Feita de linho, a cortina clara transmite delicadeza. Diversos objetos, como a luminária que lembra uma concha, remetem ao mar. Branco sem monotonia: a textura da almofada se destaca sobre a poltrona.
-
3.
zoom_out_map
3/6 (Divulgação)
Cada detalhe do décor confrma a inspiração litorânea, tal como a dupla de peixes de cerâmica branca (LOeil) posta sobre a mesa de centro.
-
4.
zoom_out_map
4/6 (Divulgação)
Até as plantas entraram na brincadeira: as folhas da cinerária (Senecio douglasii), no vaso maior, remetem a algas marinhas. Ao lado dela, a escultura de resina imita a forma de coral.
-
5.
zoom_out_map
5/6 (Divulgação)
No corredor, as pinceladas de preto estão no vão da porta, na biblioteca embutida, nas molduras dos quadros e na antiga prancha de surfe, repaginada para se integrar a decoração.
-
6.
zoom_out_map
6/6 (Divulgação)
“Com o branco, o ambiente ganha frescor e fluidez. Mas adicionei pequenas doses de preto para garantir o toque de modernidade”, conta Júlio Rosa.
SALA NATURAL CHIQUE
Nesta versão do espaço, o clima de praia também existe, mas surge mais introspectivo, e os tons cinza são intensos e bem evidentes. Para que o décor não ficasse escuro demais, Júlio recorreu a um truque simples de aplicar em pisos de madeira: lixamento caprichado, que deixou os tacos claros e opacos. Um dos sofás (de camurça) manteve o preto original, levemente desgastado pelo tempo. Já o outro modelo e a poltrona foram revestidos de juta sintética. “Essas alterações resultaram num clima bucólico, elegante e confortável”, ressalta o morador. As almofadas deram o arremate e contribuíram para acertar no contraste – repare que agrupar três modelos clarinhos num canto do estofado ressaltou a peça estampada, assim como a ilustração na parede.
-
1.
zoom_out_map
1/6 (Divulgação)
SALA NATURAL CHIQUE. Nesta sala, paleta escura e materiais rústicos trazem aconchego. O tom da parede é uma mistura de cinza com marrom. A imagem ao fundo da sala motivou o uso de matizes densos e materiais desgastados. Discreta, a passadeira quase se funde no piso de tacos.
-
2.
zoom_out_map
2/6 (Divulgação)
SALA NATURAL CHIQUE. Fundo cinza destaca o estêncil de pássaros e arabescos. Aberta, a porta revela o adesivo geométrico na parede do corredor, que reforça a paleta densa. Uma única almofada estampada dá o ar descolado. A mesa de centro é a mesma do look ao lado. Mas, aqui, a disposição da base ficou assimétrica.
-
3.
zoom_out_map
3/6 (Divulgação)
Na parede atrás do sofá de juta sintética foi aplicada uma mistura de duas cores da Suvinil (Cinza Asfalto e Chalé do Campo*).
-
4.
zoom_out_map
4/6 (Divulgação)
Um banco faz o papel de mesa lateral. Ele, primeiro, recebeu uma camada de tinta preta. Depois, Júlio descascou alguns trechos para produzir o efeito antigo – em total harmonia com o visual rústico.
-
5.
zoom_out_map
5/6 (Divulgação)
Desidratada, a flor prótea serve de enfeite junto aos barquinhos comprados no Centro Ruth Cardoso. Os objetos seguem o tom da base desconstruída da mesa.
-
6.
zoom_out_map
6/6 (Divulgação)
“Não tenho medo de escurecer as paredes, pois a sala recebe muita luz natural. Compenso no piso e nos acessórios, responsáveis pela aura bucólica”, conta Júlio Rosa.