
– (Bruno Lucchese/Teatro Cultura Artística)
Aberto em 1950 com projeto do arquiteto Rino Levi, o Teatro Cultura Artística, em São Paulo, foi parcialmente destruído por um incêndio em 2008. Agora, nove anos após o incidente, a Sociedade de Cultura Artística anunciou o início das obras de restauração e construção, que devem começar ainda neste ano.
Na fachada, o maior painel existente de Di Cavalcanti foi recuperado, assim como os foyers do primeiro e segundo andares. No geral, a proposta busca preservar e valorizar as características originais do prédio e criar novos espaços para salas de música e salas multiuso.

– (Bruno Lucchese/Teatro Cultura Artística)
Mantendo as mesmas proporções do edifício histórico, que tem suas áreas comuns tombadas em nível municipal, estadual e federal, o novo Teatro Cultura Artística terá quatro andares e 7,6 mil metros quadrados de área construída.
Nas laterais do piso térreo, as lojas idealizadas por Rino Levi serão retomadas, servindo como café e livraria com entrada interna e externa. Ali, as cores e revestimentos do piso e colunas serão os mesmos do projeto original. Para modernizar o espaço, o foyer Roosevelt adicionará um vão envidraçado que abraça os quatro andares e oferece acesso visual à praça.
O foyer superior também será recuperado como originalmente e contará com um restaurante aberto ao público. No segundo andar, o foyer dá acesso a quatro salas multiuso que receberão atividades como ensaios, eventos, cursos e palestras. Um novo instituto da Cultura Artística concentrará seus programas de difusão da música e formação de jovens músicos ali.

– (Akustiks Acústica & Sônica/Teatro Cultura Artística)
No total, serão duas salas de música. A principal, com capacidade para 750 lugares, receberá espetáculos de música acústica e sonorizada. Já a segunda abrigará 150 visitantes e será a primeira em São Paulo a oferecer condições de excelência para formações de câmara de até 80 músicos.
Além desses espaços, uma nova ala de quatro andares será erguida e funcionará como doca coberta, estacionamento, depósito de instrumentos, camarim, green-room, escritório, sala de reunião e acervo histórico da instituição.
“O público paulistano terá o melhor dos mundos: uma sala adequada a performances de câmera e outra reservada às grandes orquestras, que é a Sala São Paulo”, explica Frederico Lohmann, superintendente da instituição. A inauguração está prevista para 2021.
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Autores do projeto??????