
Mario Cravo Junior retratado pelo neto, Christian Cravo. (Christian Cravo/CASA CLAUDIA)
O artista plástico, escultor, pintor e desenhista Mário Cravo Júnior faleceu na manhã desta quarta-feira (01/08), em Salvador.
Considerado o último modernista baiano vivo, aos 95 anos Cravo Júnior estava internado há dez dias por causa de uma pneumonia. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.

Escultura Fonte da Rampa do Mercado, um dos marcos visuais da cidade de Salvador. (Divulgação/CASA CLAUDIA)
Seu filho, Mario Cravo Neto, fotógrafo e artista plástico faleceu aos 62 anos, em 2009. Seu neto, Christian Cravo, é um renomado fotógrafo e o responsável pelo Instituto Mario Cravo Neto – local que abriga o acervo de cerca de 94 mil fotografias da família.
Cravo Júnior assina obras conhecidas em Salvador, como o monumento da Fonte da Rampa do Mercado, entre outras esculturas abrigadas no Parque Pituaçu.

A Cruz Latina, em Santa Cruz de Cabrália, sul da Bahia, escultura realizada por ocasião dos 500 anos de descobrimento do Brasil. (Divulgação/CASA CLAUDIA)
Começou na carreira artística no final da década de 1930, quando passou a viajar pelo interior da Bahia. Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no ateliê do escultor Humberto Cozzo.
Estudou na Syracuse University, nos Estados Unidos, diretamente com o escultor iuguslavo Ivan Mestrovic. Retornou a Salvador em 1949, quando abriu seu próprio ateliê no largo da Barra – o espaço logo se tornou ponto de encontro de artistas da cena como Carlos Bastos, Genaro e Carybé.
Sua trajetória de mais de 70 anos de carreira artística lhe rendeu destaque nacional e internacional, tornando-se conhecido como um dos grandes artistas brasileiros a valorizar elementos da cultura popular em suas obras.
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