Em resposta à crescente aversão dos consumidores ao desperdício excessivo e ao consumo desenfreado, uma onda de pensamento sustentável varreu a Semana de Design de Milão. Designers independentes e marcas líderes abordaram temas como o desperdício, o upcycling e a produção circular através de processos de design inovadores e escolhas de materiais sustentáveis.

– (Divulgação/Forbo)
Várias marcas mostraram um pensamento mais consciente ao apresentarem processos e modelos de negócios livres de desperdício. A fabricante holandesa de pavimentos Forbo lançou o seu novo piso Fabscrap, que é feito com material residual da produção do seu vinil homogêneo. Em um processo de produção com resíduo zero, o excesso de grânulos é misturado aleatoriamente e aplicado a uma cor de base para criar o revestimento de piso salpicado.

– (Divulgação/Eileen Fisher DesignWork)
A marca de moda nova-iorquina Eileen Fisher apresentou sua mais recente iniciativa de upcycling, a DesignWork, que transforma produtos pós-consumo em peças têxteis renovadas para espaços interiores. Os clientes podem vender suas roupas antigas de volta para a marca, que as organiza por cor antes de feltrá-las e perfurá-las para criar tapeçarias decorativas, almofadas e acessórios.
Diversas start-ups e projetistas usaram matéria residual como ponto de partida para novos materiais e linhas de produtos. A fabricante holandesa de têxteis De Ploeg apresentou o seu tecido de cortina de mar feito a partir de resíduos de plástico da costa, enquanto a empresa belga Trashplast apresentou vasos e soluções de iluminação feitas com o seu novo material plástico desenvolvido a partir do lixo doméstico.

– (Divulgação/Really)
Abordagens criativas para materiais reciclados deram lugar a uma série de projetos inovadores. A fabricante dinamarquesa Really convidou sete designers para explorar o potencial da sua “Solid Textile Board” e “Acoustic Textile Felt”, feito a partir de têxteis reciclados. Os designers criaram novas peças de mobiliário que visam aumentar a consciência de uma economia circular e incentivar novas percepções de materiais derivados de resíduos.
Os designers consideraram o valor do plástico descartável, elevando-o através da criação de peças cuidadosamente trabalhadas e delicadas. O designer holandês Théophile Blandet imaginou o plástico como uma raridade futura. Usando uma seleção de itens descartáveis de plástico branco não reutilizável, ele criou uma escultura que apresenta o plástico como o novo marfim – um recurso proibido e ameaçado de extinção.
Para seguir por esse caminho consciente, como principal insight, considere o impacto ambiental e procure formas de limitar efeitos negativos por meio de escolhas de materiais e métodos de fabricação. Os materiais reciclados e a produção circular se tornarão cada vez mais importantes para o consumidor sempre consciente e dogmático. Você vai colher os benefícios a longo prazo.
- Andrea Bisker é especialista em tendências e comportamento e responde pela operação da consultoria britânica Stylus em território nacional
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