Som de outra dimensão

– (Tomás Arthuzzi/Revista CASA CLAUDIA)
Uma das características que mais fascina o músico Matthieu Hebrard (à esq.) nos discos de vinil é o fato de ter que parar no tempo e no espaço para ouvi-los. “Tudo começa com a escolha do LP, que já é demorada. E ainda tem a questão de curtir primeiro o lado A e depois o B”, conta. Sócio do selo especializado Goma Gringa Discos, junto com o amigo Frédéric Thiphagne (à dir.), ele tem um canto especial da casa dedicado à sua paixão, com fotos dos músicos favoritos nas paredes, lugar cativo para o contrabaixo e uma vitrola que fez questão de trazer da França quando se mudou para cá. É ali que ele passa horas ouvindo suas raridades.
As artes das capas também compõem o décor, tanto que elas criam um painel de imagens icônicas, como a do disco Londres, de Caetano Veloso. Os dois amigos são franceses, mas se conheceram no Brasil e o gosto por soul, jazz e música afro os uniu. “Sou da era do CD, descobri o LP na adolescência e percebi um som diferente, que abraça e pede um momento especial”, afirma Frédéric.
Tramas revisitadas

– (Tomás Arthuzzi/Revista CASA CLAUDIA)
Ana Requião é do tipo de pessoa que levou a sério as aulas de tricô, bordado e tear que a avó e a mãe deram quando criança. “Elas sempre foram adeptas das práticas manuais e acabei gostando também. Fiz o primeiro tear aos 8 anos”, conta.
Duas décadas depois, ela resgatou o aparelho da mãe e aos poucos voltou a trançar os fios, como na peça pendurada na parede. A obra integra a decoração charmosa de seu apartamento, com toques de cores queimadas e repleta de móveis retrô. “Às vezes, chego cansada de um dia cheio e relaxo conforme vou fazendo. É uma pausa mental para mim.” Com isso, ela, até então pouco caseira, passou a sair menos por causa do tear. “Normalmente, faço as tramas enquanto estou assistindo uma série ou tomando um vinho, sem hora apara acabar”, revela.
Geleias com melodia

– (Tomás Arthuzzi/Revista CASA CLAUDIA)
Talvez você conheça Marina de la Riva por seus dotes musicais. Mas, além da bela voz, a cantora guarda segredos que vão da cozinha direto para o pote de sua marca, a La Reina. Apaixonada por cozinhar desde pequena, recentemente ela retomou um costume dessa época: fazer geleias.
Com elas, vieram as compotas e os elixires, que levam Marina para o fogão por horas nos fins de semana. “Hoje percebo que executar as receitas requer presença e atenção total. Enquanto faço, me desligo do mundo, mas estou 100% presente no fogão e na cozinha. Caso contrário, queimo o que está na panela”, conta. Depois de tudo pronto, ela costuma relaxar, de preferência no jardim de sua casa, para então voltar no tempo e se lembrar dos sabores que fizeram parte de sua infância.
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– (Divulgação/CASA CLAUDIA)