Apartamento é bem iluminado e decorado com tons alegres
A arquiteta Julliana Camargo escolheu um apartamento bem iluminado só para poder salpicá-lo com as cores que adora
Por Reportagem Visual Olivia Canato | Texto Barbara Heckler | Fotos Marco Antonio
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20 jan 2017, 15h47 - Publicado em 12 dez 2014, 19h35
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Quem entra no apê experimenta a sensação de estar numa casa. Essa era a proposta da arquiteta e proprietária. Os tapetes rosa e azul (Golran) ajudam a demarcar os espaços, separados pelo sofá de duas faces. Sobre o aparador, vasos da Benedixt.
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Azul, verde, cinza e amarelo-claro têm o poder de propiciar tranquilidade e estão em alta no décor. Nesta sala, a poltrona Shadowy (Micasa), do holandês Tord Boontje, convida para sentar à varanda.
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Como é hábito em seus projetos, Julliana distribuiu tons poderosos pelos espaços. O paredão azul marca a ala dos quartos. Poltronas verdes de Patricia Urquiola (Micasa).
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As portas brancas, quando abertas, ampliam o living e liberam a passagem para o hall de distribuição. A área antes ocupada com uma suíte foi integrada ao estar com o objetivo de deixar a planta do ambiente quadrada.
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A arquiteta Julliana Camargo relaxa no sofá.
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A mesa de jantar da Arper reúne, sempre que possível, amigos do casal festeiro. Sobre o aparador, vasos da Conceito Firma Casa. A escada em balanço conduz ao mezanino (visível na pág. ao lado, no alto), criado pela arquiteta para abrigar o home theater da família. A solução permitiu liberar espaço na sala e aproveitar o pé-direito duplo. A prancha revestida de cimento deu utilidade à área debaixo da escada: funciona como apoio extra em almoços e jantares.
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O mesmo encosto serve às duas faces do sofá italiano Peanut B. (Bonaldo). De um lado, o assento é fixo e, do outro, modular.
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Caixas com profundidades e cores diferentes compõem o Módulo Maria, batizado assim por Julliana em homenagem à primeira filha.
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O lustre do designer holandês Tord Boontje iluminava a antiga sala de jantar da arquiteta. “Trouxe para cá porque o estilo lúdico e delicado do pendente combina muito bem com este espaço”, conta Julliana. Todo o mobiliário foi distribuído ao longo das paredes do ambiente. Assim, a dona do pedaço pode se divertir sobre o tapete, que recobre a área central.
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Da mesma forma que nos demais ambientes, o quarto da menina de 5 anos exibe base neutra e pontos de tonalidades vivas, como na porta dos módulos e no elefantinho da Vitra.
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A cortina de tecido cinza modera a entrada de claridade no home ofce da moradora.
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A textura do cimento destaca a parede da cabeceira no quarto do casal. A fm de acomodar a escrivaninha (que ela mesma desenhou) e seus livros, Julliana abriu o quarto para parte da varanda e fechou a área com vidro. A poltrona branca Pasha (A Lot Of) é uma criação de Claudio Dondoli e Pocci Marco para a marca italiana Pedrali. a arquiteta expõe, com carinho, a colcha que ganhou da mãe, uma apaixonada por rendas.
Um papel em branco pode ser algo desesperador se você não tiver muitas ideias para preenchê- lo. Não é o caso da arquiteta paulistana Julliana Camargo: ela encarou o projeto de seu apartamento de 200 m², entregue quase cru, como a oportunidade de colocar em prática uma série de insights que colecionava desde a época de estudante. Durante o curso na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Presbiteriano Mackenzie (FAU-Mack), ela fez um intervalo para morar na Itália e se apaixonou pelo design local. “Gosto do mobiliário de lá porque cada peça conta uma história”, diz. De tão encantada, quando ela e o marido, Giovani Caldas, compraram o imóvel para viver com a pequena Maria (e agora com a recém-nascida Luisa), Julliana decidiu que investiria nos itens de seus sonhos. Isso não significa, porém, que a arquiteta abandonou a brasilidade. Além dos bancos assinados pelos mestres Sergio Rodrigues (1927-2014) e José Zanine Caldas (1919-2001), usados como apoio na sala, Julliana escolheu pedra mineira para revestir a parede do jantar e piso de peroba- rosa de demolição vindo de Santa Catarina – as tábuas percorrem todo o apartamento, até a cozinha e o banheiro. E essa não foi a única ideia audaciosa. O projeto é repleto de peculiaridades, como a criação do mezanino com estrutura metálica suspensa por cabos de aço, a escada em balanço e as portas de correr que disfarçam ou revelam o acesso aos quartos. “Quis eliminar o corredor e tornar a circulação a mais fluida possível. O pé-direito duplo, fator determinante para optarmos por este apartamento, reforça a impressão de estar numa casa.” Como o casal trabalha bastante e ainda pratica corrida, passando muito tempo na rua, a proposta era deixar os ambientes aconchegantes, prontos para receber bem. Depois de três anos de inúmeros almoços e jantares, a decoração, que começou do zero, conquistou identidade própria. “Hoje, tenho a sensação de espaços bem vividos, onde cada objeto encontrou seu lugar.”