Apartamento grande em São Paulo tem tons de aconchego
Cores que abraçam, como o marrom, criam uma atmosfera deliciosa no apartamento da empresária Adriana Martins Bastos.
Por Reportagem Visual Aldi Flosi e Olivia Canato | Texto Regina Galvão | Fotos Marco Antonio | Ilustração Carlos Campoy
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19 jan 2017, 11h06 - Publicado em 2 abr 2013, 17h42
“Marrom?” A empresária Adriana Martins Bastos não conseguiu disfarçar seu estranhamento ao ouvir a proposta dos arquitetos Antonio Ferreira Junior e Mario Celso Bernardes de pintar dessa cor algumas das paredes da sala de seu apartamento recém-reformado. “Meu receio era deixar os espaços escuros e carregados”, afrma. Para convencê- la, Junior e Mario, que assinam a reforma e a decoração do espaço de 156 m², tingiram apenas parte da parede para Adriana sentir a cor. “Ainda assim, achei escuro. Mas meu marido, que é designer gráfco, gostou e levamos a ideia adiante”, conta. O tom ajudou a separar visualmente o home theater do estar e ainda trouxe aconchego. Outras nuances foram se espalhando pela casa em móveis, tapetes e objetos, formando uma paleta sóbria e harmoniosa. “Reunimos quatro cores principais – marrom, azul-petróleo, verdeágua e cinza – e brincamos com elas”, conta Junior. Entre as atrações do apartamento, estão também móveis e luminárias vintage e uma seleção de gravuras distribuídas em belos arranjos de parede. “É uma vitória ver que tudo saiu como queríamos”, diz Adriana.
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O sofá dos anos 1940 da avó de Adriana ganhou tecido (Again) e recheio (Jocal) novos para se adequar à dupla de poltronas da Micasa.Banco Vergalho, da Fetiche Design, mesa Estoril e bufê Stripe, da Micasa. Arandela retrô da Filter e tapete da Punto e Filo.
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Arranjo de gravuras. Obras sobre papel de artistas nacionais (Monica Filgueiras & Eduardo Machado Galeria) formam composições nas paredes do apartamento. “Elas têm um preço bem mais acessível do que o de uma pintura”, diz o arquiteto Antonio Ferreira Junior, um dos autores do projeto. “O Brasil está reconhecendo o valor desse tipo de arte.”
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No detalhe, vaso da italiana Donatella Pigato.
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Disfarce perfeito. Do mesmo tom da alvenaria (ref. Elefante*, da Suvinil), a porta de correr de madeira passa despercebida quando aberta. “Sem a divisória, a cozinha cresce”, afirma Adriana.
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Mosaico de azuis. Azulejos de 15 x 15 cm, comprados num depósito de revestimentos, colorem a bancada. As mesmas cores surgem no laminado texturizado da área superior do armário. Piso da Portobello.
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Gama harmônica. Embora o marrom reine na sala, a cor que deu início à paleta do apartamento foi o azul-petróleo, escolhido para aparede do quarto (veja ao virar a página). Depois vieram também verde-água e cinza. “São tons harmônicos entre si e de efeito agradável”, diz Junior, que tingiu as paredes para depois definir as cores de tecidos, móveis e objetos.
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Um dos três quartos da planta se abriu para o estar, acolhendo o home theater. O azul do tapete (Punto e Filo) e das gravuras de Hércules Barsotti (1914-2010) cria pontos de destaque. Poltrona e luminária da Filter. Estante executada pela Madeirarte.
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Composição inusitada: mesa dos anos 1950 (Filter) com cadeiras de polipropileno (Micasa).
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O pendente K é de Philippe Starck.
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O azul-petróleo (P067, Suvinil) domina a cena e faz uma bela parceria com a cabeceira de carvalho (1,20 m de altura) da Madeirarte. Tapete da Punto e Filo (modelo A0302) e gravuras do artista Fernando Ribeiro (Monica Filgueiras & Eduardo Machado Galeria).