Apartamento pequeno: 65 m² coloridos e descolados
Quem disse que espaços pequenos devem ser brancos? Este apartamento cheio de cor mostra o contrário. Aqui, é a decoração viva que faz tudo parecer maior
Por Reportagem Visual Tiago Cappi | Texto Cristina Dantas | Fotos Marco Antonio | Ilustração Carlos Campoy
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14 dez 2016, 13h09 - Publicado em 5 fev 2013, 17h15
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Sofá de Fernando Jaeger e almofadas da Art Maison. Tapete da Punto e Filo, poltrona da Conceito Firma Casa e mesa da Desmobilia. Na parede, obras de Fábio Zimbres e Andrés Sandoval e foto de Thyago Nogueira. Plantado em um vaso, um pé de jasmim-manga.
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Em vez de se desfazer do armário embutido no segundo quarto, transformado em escritório, Adriana fez dele uma generosa estante: manteve algumas gavetas e portas para organizar o que não precisa ficar à mostra e pintou a madeira com um tom de berinjela.
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Mantida como no original, a porta envidraçada da cozinha (4), que separa a lavanderia, serviu como mais um recurso para iluminar o apartamento. Ela soma sua dose de luz natural à iluminação vinda do quarto e também à recebida pela sala. A luminária laranja é uma obra de Adriana, assim como a escultura branca, no lado oposto. Banco de madeira da Marcenaria São Paulo.
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Os armários de compensado naval e laminado colorido foram desenhados sob medida para a cozinha. Como os espaços são integrados, a ideia era deixá-los com cara de mobiliário de estar. A iluminação embutida nos módulos confere um clima aconchegante. Além de cadeiras dobráveis, que podem migrar para outros locais ou simplesmente ficar guardadas, a mesa, que já pertencia à proprietária, tem sob o tampo uma miniestante com livros e utensílios, ideia para otimizar o espaço. Econômico e de manutenção simples: o piso de cimento queimado ganhou pigmento azul, o que trouxe um efeito surpreendente e descolado à cozinha. O revestimento, fácil de limpar, se repete na parede da bancada da pia. Na cozinha, cadeiras da Conceito Firma Casa, toalha da Roupa de Mesa e escorredor da Benedixt.
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Estreito, o criado-mudo antiguinho, do Estúdio Glória, coube perfeitamente ao lado da cama. Foi remoçado pela pintura rosa, que complementa o clima suave do quarto. Para acomodar pequenas bagunças, uma gaveta é sempre bem-vinda.
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Nada de azulejos: são também de cimento queimado com pigmento as paredes do banheiro. Cavado na alvenaria, o nicho não toma espaço. Sonho da moradora, a banheira vitorania teve de ser instalada na área do boxe, sob o chuveiro. Ladrilho hidráulico da Dalle Piagge.
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Uma vez eliminadas as paredes do segundo quarto – que deu origem ao escritório – e da cozinha, o apartamento se viu inundado de generosa iluminação.
Não há recurso mais poderoso do que a cor para acender uma decoração. Se ela puder ser valorizada por farta luz natural, tanto melhor. Essa combinação é o grande acerto deste projeto, assinado pela arquiteta e designer Adriana Yazbek. “Depois da reforma, o apartamento se transformou em uma piscina de luz”, comenta ela. Os cômodos compartimentados e escuros perderam paredes e revelaram as grandes janelas. Da planta original, sobrou pouco: Adriana abriu um dos dois quartos e o integrou à sala, organizando ali o escritório. O outro, principal, trocou a porta por uma cortina. Já o piso foi todo substituído: tacos palito de cumaru cobrem as áreas secas, enquanto o cimento azul faz da cozinha um ambiente especial.
Sem medo de misturar
A arquiteta Adriana Yazbek dá dicas para quem quer deixar de lado a neutralidade. Existe um jeito certo de usar cores?
Há duas diretrizes básicas: o tom sobre tom ou uma paleta bem contrastante. Em qualquer caso, é fundamental que o ambiente seja bem iluminado.
Como perder o receio de colorir a casa?
Muitas pessoas ainda apostam nos brancos e beges com medo de enjoar. Mas os tons neutros também enjoam. Uma única parede colorida já qualifica o espaço de forma surpreendente. Para não errar, faça um teste com seus tons preferidos, pintando quadrados de 80 x 80 cm. Deixe cerca de 20 cm entre eles para que uma cor não interfira na outra.