Casa de praia feita para curtir em família
Moradias de pescadores serviram de modelo para esta casinha, erguida em 1981, em São Sebastião, litoral de São Paulo, pelos pais dos arquitetos Caio e Beatriz Andreazza.
Por Reportagem Visual Zizi Carderari Texto Luciana Jardim Fotos Evelyn Müller
access_time
19 Jan 2017, 11h12 - Publicado em 6 Oct 2011, 16h14
-
1.
zoom_out_map
1/10 (Divulgação)
A cortina de linho delimita o closet do quarto principal e deixa entrever o canal de São Sebastião e Ilhabela.
-
2.
zoom_out_map
2/10 (Divulgação)
Na varanda, Caio e Beatriz posam sob a primavera-rosa.
-
3.
zoom_out_map
3/10 (Divulgação)
Dentro do armário mineiro, ficam velas, toalhas e cartas de baralho. Escadinha do Mercado das Artes.
-
4.
zoom_out_map
4/10 (Divulgação)
Na parede, caixotes de peixe, tratados com verniz náutico fosco, servem de prateleira. Almofadas de Ana Luiza Wawelberg e tapete da Oka Design. O ventilador e a poltrona são da Casual Exteriores.
-
5.
zoom_out_map
5/10 (Divulgação)
Feito de galhos, o lustre para velas (Secrets de Famille) chama a atenção. Ao fundo, a estante de carvalho foi recoberta por um adesivo vermelho.
-
6.
zoom_out_map
6/10 (Divulgação)
O anexo da cozinha comporta até 15 pessoas.
-
7.
zoom_out_map
7/10 (Divulgação)
Forrado de grama são-carlos (Odara Jardins), o jardim convida a ler sob as árvores. Poltrona de cipó trazida do Ceará e pufe de cordas de polipropileno (Tidelli).
-
8.
zoom_out_map
8/10 (Divulgação)
Inspirados nas vivendas da Toscana, na Itália, Beatriz e Caio pintaram a fachada de terracota e as portas de azul-hortênsia, substituindo a antiga combinação de branco e azul-marinho. Os irmãos também trouxeram mais plantas para o jardim: hibiscos, primaveras e bromélias. Até hoje, a casa não tem TV, o que estimula longas conversas e, às vezes, reflexões silenciosas. "À noite, bebemos chá de capim-cidreira na varanda, ouvindo o canto das cigarras e observando a Lua", conta o arquiteto. O refúgio de alma caiçara é onde a família resgata os prazeres simples da vida.
Há 30 anos, os pais dos arquitetos Caio e Beatriz Andreazza se encantaram com a paisagem que cerca o terreno de mil m², abraçado pela mata Atlântica e de onde se avista o canal de São Sebastião e Ilhabela. Ao observar a simplicidade das casas de pescadores do lugar, que têm piso de tijolos, telhas de barro e venezianas, o casal decidiu erguer um refúgio com esse mesmo espírito.
Em 90 m², o espaço reúne duas suítes, sala, cozinha e varanda. Um bangalô separado acomoda os hóspedes. “Na época, meus pais contrataram um empreiteiro local e usaram materiais da região”, conta Caio. As transformações na construção foram acontecendo conforme o uso dos espaços mudou. Quando a cozinha-balcão ficou pequena para acolher todos (além de Caio e Beatriz, há a irmã do meio, Gilda), ergueu-se um anexo de 15 m². “Passamos horas em volta da mesa”, diz Caio. Eliminada a antiga cozinha, a sala foi ampliada, e a tarefa de atualizar a decoração coube aos arquitetos. “Beatriz e eu fizemos desse projeto um experimento para criar”, afirma. Em busca de afinidade visual com a paisagem, a dupla apostou em peças de materiais naturais e com texturas atraentes.