Casa pequena e alugada é decorada com as coleções do morador
O local em que Frank vive nem é tão grande – são apenas 82 m². Mas, com um pé-direito daqueles, deu para acomodar suas muitas coleções.
Por Reportagem Visual Aldi Flosi e Zizi Carderari | Texto Amanda Sequin | Fotos Evelyn Müller
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19 Jan 2017, 15h16 - Publicado em 6 Oct 2014, 20h02
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Estar cercado de objetos que lembrem boas épocas da vida deixa a gente feliz. É o que pensa o morador desta
casa: ele decidiu alugá-la a fim de ter espaço suficiente para dispor, em cada pedacinho, um pouco de sua trajetória.
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A cadeira Butterf ly é uma das peças queridas do diretor de arte Frank Dezeuxis, que costuma relaxar ali antes de começar seu dia de trabalho. No piso, a rocha trazida de uma cenografia assinada pelo morador compõe o décor.
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Os sinais do colecionismo já começam na entrada: o cabide atrás da porta deixa à mão alguns óculos para quando Frank decide sair.
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Na passagem entre sala de jantar e cozinha, a placa que diz “Fornecemos Comida Caseira” veio de um cenário feito por ele no Mato Grosso.
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Livros e um conjunto de bustos ocupam a bancada do estar.
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Ao lado do sofá, há um pôster original de 1938.
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Fotos, pinturas, presentes de amigos e outros achados colorem as paredes.
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Atrás do clássico sofá de couro chesterfield, Frank criou uma composição de pinturas e desenhos com e sem molduras. A cadeira de palhinha, usada como mesa lateral, recebeu o arranjo em vaso.
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Não há paredes entre estar e jantar – o ambiente é sutilmente dividido pela escada, que leva ao único quarto
da casa. O espaço fluido ajudou a acomodar os muitos objetos do cenógrafo sem deixar o visual carregado. “Gosto de ter as coisas que amo a meu redor. Elas são como gravetos que usei para construir um ninho”, conta Fran Dezeuxis.
“É muita sorte!” Foi o que pensou Frank Dezeuxis quando olhou pela janela do antigo apartamento, no bairro da Consolação, em São Paulo, e notou um movimento diferente na pequena vila ao lado. “Vi colocarem a placa de ‘aluga-se’ na fachada de uma das casinhas e saí correndo para tirá-la”, conta. Isso foi há cinco anos. Na época, ele nem estava planejando se mudar, mas a vontade de habitar novamente uma casa, como em Brasília, sua cidade natal, falou mais alto. Aqueles 82 m², com a área social livre de divisórias, seriam perfeitos para dispor a coleção de objetos. Frank possui formação em artes cênicas, porém sempre preferiu os bastidores ao palco – tanto que atua como cenógrafo e diretor de arte. Hoje, quem adentra sua morada, com pé-direito alto e vitrais amarelos nas janelas, logo percebe que ele a transformou num cenário particular, povoado de lembranças. Estão por ali móveis e bonecos encontrados em caçambas, máscaras de papel, fotografas, quadros feitos por amigos, pôsteres antigos… Tudo tem significado e ganha distribuição harmônica: os itens preenchem o branco das paredes do estar e ficam apoiados no piso ou na mesa de jantar – onde o morador passa a maior parte do dia ouvindo música clássica árabe enquanto desenvolve seus projetos. “Na adolescência, queria ser historiador. Eu me encantava ao encontrar coisas e descobrir o passado delas. Acho que, de alguma forma, isso se reflete na minha vida profissional e na decoração que criei. Gosto de memórias. Não necessariamente as minhas, pessoais, e sim de peças que contem boas histórias.”
Abaixo você assiste a um vídeo produzido pela revista CASA CLAUDIA. Nele, você também confere esta casa linda e cheia de cachorros.