Espaços reorganizados neste apartamento de 500 m²
O arquiteto Marco Bertoldi foi chamado para reformar e decorar esta morada e apostou no branco e preto para destacar as peças de design.
Por Texto Claudia Nogueira Reportagem Visual Alessandra Okazaki e Paulo Lagreca Fotos Marcelo Curia
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20 jan 2017, 15h35 - Publicado em 9 dez 2011, 14h38
O skyline da cidade e até o verde da serra do Mar podem ser avistados deste apartamento, localizado no 17º andar. Se a paisagem externa surpreende, o cenário interno igualmente enche os olhos. Coube ao arquiteto Marcos Bertoldi reorganizar os espaços do imóvel de 500 m2 e decorá-los. “Já tinha sido feita uma reforma que não atendeu totalmente às expectativas dos clientes, por isso fui chamado”, explica Marcos. Sem poder promover um grande quebra-quebra, pois a família já estava morando no apartamento, Marcos investiu em marcenaria, iluminação e, sobretudo, em móveis de peso.
Afinado com os desejos dos moradores, um casal e dois filhos adolescentes, o arquiteto planejou ambientes limpos, próprios para fazer sobressair o mobiliário moderno, de linhas discretas e sofisticadas, além de acessórios comprados em viagens da família. “O objetivo era obter uma arquitetura capaz de absorver muitas obras de arte e design”, conta o arquiteto. Por isso, todos os cômodos – da sala de jantar à cozinha e aos quartos – contam com peças de Le Corbusier, Mies van der Rohe, Piero Lissoni, Philippe Starck, Gaetano Pesce, Jacqueline Terpins e outros nomes que figuram no panteão do design.
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Na sala principal do imóvel de 500 m2, os espaços fluidos favorecem a circulação. Os móveis têm linhas contemporâneas, sem excessos. A família valoriza arte e design. Esta tela é da paulista Mariannita Luzzati (Casa da Imagem). E o irresistível formato da chaise longue LC-4, revestida de couro com pele, pede um descanso. Foi desenhada em 1928 por Le Corbusier (1887-1965), com a colaboração da arquiteta Charlotte Perriand (1903-1999). Admiradores da peça afirmam ser uma “escultura confortável”.
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Extenso, o sofá Met, coberto por veludo preto, percorre boa parte da sala. “O ambiente é organizado a partir desse móvel”, explica o arquiteto Marcos Bertoldi. A peça, assinada pelo italiano Piero Lissoni, é produzida pela renomada Cassina. Entre as estampas mais admiradas do mundo, constam as da italiana Missoni, pelo espetáculo de cor e de grafismos. Aqui, as almofadas quebram a seriedade do tecido escuro do sofá com ousadia. A cadeira à direita é da designer paulista Jacqueline Terpins, conhecida pela habilidade em trabalhar com vidro. O material vermelho e transparente dá vida à poltrona Quatro. A aparente simplicidade da peça disfarça um intrigante jogo de encaixes. Mesa de centro LC-10.
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A iluminação chama a atenção na sala de jantar, situada entre dois painéis de madeira que fazem as vezes de parede. O efeito resulta de balizadores fixados simetricamente nessas superfícies. A dupla Le Corbusier e Charlotte Perriand também é criadora das cadeiras LC-7, na década de 1920, que leva estrutura tubular de aço inox. Neste caso, as peças têm assento e encosto de couro branco. A grande mesa de vidro sobre o piso de madeira é obra de Jacqueline Terpins. No home theater, a tela de Paolo Ridolfi é acompanhada pelo sofá da Artefacto, e mesa de centro da Cassina. Sobre ela, o vaso assinado pelo arquiteto e designer italiano Gaetano Pesce, atualmente um dos mais festejados profissionais. Entre seus trabalhos com novos materiais, destacam-se as formas conquistadas com resina.
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Nada menos que 16 guaches sobre papel, criados pelo artista paranaense Fernando Burjato, adornam esta parede. Ela fica entre dois ambientes, sala de jantar e bar/churrasqueira, onde a bancada de granito é acompanhada de banquetas de Harry Bertoia (Ton sur Ton).
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“No quarto do casal, as cores vibrantes vêm da colcha Missoni. O tapete felpudo (Tecer) e a cortina de seda (Empório Beraldin) contribuem para o clima acolhedor. O gaveteiro, desenhado pelo arquiteto Marcos Bertoldi recebeu laca violeta (execução da marcenaria Madeira Certa): a cor do móvel encontra o tom lilás da tela de Fernando Burjarto (Galeria Virgílio). Nas paredes, foram instalados painéis ripados a meia altura. Eles obedecem à linha sóbria do apartamento, porém marcam presença pela marcenaria bem trabalhada e repleta de detalhes.
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A cozinha ganhou banquetas brancas Bombo, criadas por Stefano Giovannoni para a Magis.