Esta casa tem grife: o projeto é assinado por João Armentano
João Armentano assina um projeto que une volumes harmoniosos a muita luz natural e peças escolhidas a dedo.
Por Reportagem Visual Aldi Flosi | Texto Regina Galvão | Fotos Marco Antonio
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19 Jan 2017, 11h24 - Publicado em 5 May 2014, 17h57
Arquiteto estrelado, João Armentano assina o imóvel que se distribui de forma imponente no terreno de mais de 3 mil m², próximo de São Paulo. O projeto, finalista do Prêmio CASA CLAUDIA Design de Interiores deste ano, reflete o estilo apurado do autor ao unir volumes harmoniosos a muita luz natural, materiais bem escolhidos e móveis aconchegantes.
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Busto da Anno Domini e pantera da Kcase.
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Quando aberta, a porta de correr revela o espelho-d’água no hall da ala íntima. A dupla de poltronas e as mesinhas Nuage são da Atrium por Christian Liaigre.
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A base neutra e elegante dita a decoração. No espaço social, o pavimento elevado setoriza o hall de entrada e a sala de jantar. Um tapete único (By Kamy) acolhe o grande estar com sofás da Flexform e pufe da Atrium.
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O tampo de mesa é da Firma Casa, e o tríptico, de Vik Muniz (Nara Roesler).
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Lareira revestida de limestone, mesmo material do piso.
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Neste canto do estar, os pares predominam: poltronas Jensen (Atrium por Minotti), mesas de centro com tampo de mármore Fly (Flexform), estantes Paredes forradas enfatizam o conforto do living e mesas de apoio (Atrium por Christian Liaigre) e abajures (Renée Behar). Sofá Cestone, da Flexform. Placas de nogueira (Marupá Móveis) revestem o ambiente.
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Claraboias e esquadrias deixam a luz natural entrar majestosamente. No hall íntimo, o espelho-d’água ocupa a área central e combina pedra vulcânica a seixos cinza-escuros. Obras da Galeria Nara Roesler.
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Na sala de banho, o limestone mont doré (Mont Blanc) cobre piso e paredes. Mobiliário da Casual Móveis.
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A sala de banho é separada do jardim por uma porta de correr.
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No quarto do casal,
a atmosfera acolhedora é reforçada pelas réguas de madeira do piso (Tecer). A cabeceira, forrada de couro (La Novitá), alinha-se à janela. Cortinas da Wall Decor e enxoval do Empório Beraldin. Da italiana Minotti, a mesa Evans e as cadeiras Owens (Atrium) costumam apoiar o café da manhã. Sob a cama, o tapete, da By Kamy, veio do Nepal.
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De 10 x 3 m, o vão central integra o estar à varanda. As peças do exterior são da Casual Móveis e da Atrium. Em três blocos, a casa concentra a área gourmet do lado Arejada, a construção se volta para o jardim esquerdo e os quartos e a sala de banho do lado direito.
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Ao entardecer, a fachada dos fundos ganha novos contornos graças ao refnado projeto luminotécnico (Wall Lamps).
Se tivesse de eleger um só projeto com sua assinatura, João Armentano escolheria este, construído num condomínio residencial próximo da capital paulista. “Gosto dele porque é um modelo 2014, recém-saído de fábrica”, afirma, com seu jeito brincalhão. As generosas aberturas, a farta iluminação natural, o cuidadoso estudo de ventilação cruzada – que dispensa, na maioria das vezes, o uso do ar-condicionado – e a criteriosa seleção de materiais justificam a preferência. O proprietário, um antigo cliente, virou também amigo, como tantos outros que frequentam o escritório de João, localizado na cobertura de um prédio concebido por ele na Vila Olímpia, em São Paulo. “Em nossas conversas, o dono sempre ressaltava a vontade de ter contato com a terra. Decidi ampliar o conceito e, além desse elemento, incluí o fogo, representado pela lareira, e a água, pelo espelho-d’água do hall dos quartos. Assim, o projeto virou poesia”, diz. Apesar de o arquiteto se definir como um sonhador, a ele cai melhor o papel de realizador de sonhos. “Tentei contemplar aqui os principais desejos do casal: pé-direito alto, conexão do interior com o jardim e sensação de aconchego, apesar das grandes dimensões. Apenas evitei os excessos. Por isso, as linhas da arquitetura e do mobiliário são retas, o piso é quase sempre o mesmo, e o forro de gesso dispensa detalhes.” Perfeccionista como um bom virginiano, João não sossegou até encontrar a maneira ideal de distribuir os ambientes pela construção de 1,2 mil m². Dividiu-a em blocos, concentrando as salas na parte central e as alas de serviço e íntima nas extremidades. Outra preocupação foi erguer a casa na parte mais privilegiada do terreno, contornado por três ruas. “Ela repousa elegantemente na parte mais alta, tirando partido da vista.” Além dos moradores, os vizinhos também parecem ter aprovado a obra: não é raro encontrar um deles parado na rua, de celular em punho, fotografando o imóvel.