Galeria de arte divide terreno com casa de 360 m²
Decorada de um jeito despretensioso, com peças de família e obras do morador, esta casa de 360 m² divide terreno com uma galeria de artistas contemporâneos brasileiros
Por Reportagem Visual Mayra Navarro | Texto Victor Lessa | Fotos Luis Gomes
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19 Jan 2017, 11h23 - Publicado em 9 Jun 2015, 21h36
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Tela a óleo leva a assinatura de Adélia Cury Hilal (1914-1995), sua mãe. Sob o aparador, a beagle Maia descansa
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Apoiado no piso e recostado no balcão, o quadro de papel Lar Doce Lar é
de autoria do proprietário, o capixaba Hilal Sami Hilal.
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O casal desfruta do terraço entre a casa e a galeria
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A sala de jantar se abre para o quintal.
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A tela sem título (1,60 x 1,40 m) junta cobre com bordado e traz a assinatura
de Thais e Hilal. Acima do gaveteiro vermelho, quadro de Adélia Cury Hilal.
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Na parede, a série Presença/Ausência (2003/2013), também do artista, exibe sete peças de cobre oxidado – cada tela é a continuação da outra. Herança de uma tia do proprietário, o sofá à esq. e a poltrona, com estrutura de jacarandá, foram produzidos nos anos 1950.
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O jardim, cultivado pelo casal enfeita o caminho para a galeria, que tem entrada independente para o público.
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O ateliê do artista.
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Sobre a estrutura de metal e vidro, a obra Sherazade, do proprietário, é inspirada nos contos de As Mil e Uma Noites.
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Numa das salas de exposições, fotografias do capixaba Bruno Zorzal.
A galerista Thais e o artista plástico Hilal Sami Hilal se conheceram na capital capixaba lá na década de 1970, nos círculos que se reuniam em torno da paixão de ambos – a arte. Iniciaram a vida em comum no terreno herdado dos pais dela, e, como acontece com quase todos os recém-casados, não havia dinheiro sobrando. A primeira morada erguida no local era uma pré-fabricada de madeira, logo tomada por cupins. “Esse episódio teve seu lado bom”, brinca ele. “Por causa da infestação, começamos a construir a casa na qual moramos até hoje, que se tornou um retrato da nossa personalidade”, afirma. Debruçado sobre a Ilha de Vitória, o lugar está repleto de peças que contam a história da dupla: livros, móveis de madeira reunidos ao longo do tempo, objetos trazidos de viagens. As paredes expõem obras do morador e de sua mãe, Adélia Cury Hilal, revelando que o talento vem de família. Há oito anos, marido e mulher ampliaram o signifcado da propriedade ondevivem. “Transformamos o galpão desocupado do quintal na OÁ Galeria, que exibe o acervo do Hilal e trabalhos de outros nomes contemporâneos brasileiros. É um sonho realizado”, conta Thais, a responsável por administrar o espaço. Desde então, a arte que aproximou o casal também está aberta para visitação.