Fernando Mendes lança peças inéditas de Sergio Rodrigues
Criados em 1960, os móveis foram desenhados para Embaixada do Brasil em Roma, e serão apresentados na Semana de Design de Milão deste ano
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13 abr 2018, 18h39 - Publicado em 13 abr 2018, 17h30

Fernando Mendes e Sergio Rodrigues.
Fernando Mendes e Sergio Rodrigues. (Divulgação/Atelier Fernando Mendes)
Considerado o pai do móvel moderno brasileiro, Sergio Rodrigues começou a criar na mesma época em que o Brasil investia em uma nova capital federal. Suas peças, inusitadas e originais, cativaram o diplomata Wladimir Murtinho, que convidou o arquiteto a desenhar os gabinetes ministeriais de Brasília.
No mesmo ano, Sergio foi chamado para fazer o design dos móveis para o interior do histórico Palácio Pamphilj, edifício que abriga a Embaixada do Brasil, em Roma, até hoje. Quatro anos após a morte do renomado arquiteto, seu primo, parceiro e aprendiz Fernando Mendes decidiu reeditar fielmente e trazer novamente essas peças à vida. Os projetos foram recuperados pelo Instituto Sergio Rodrigues, responsável por preservar o acervo do mestre e disponibilizar para o público geral.
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Fernando compartilhou a paixão pelo ofício e trabalhou com Sergio por cerca de 20 anos. Hoje, seu ateliê no Rio de Janeiro produz com exclusividade criações pouco conhecidas do arquiteto e já executou diversos protótipos. Neste ano, Fernando apresenta cinco novas reedições: a poltrona Navona, escrivaninha Itamaraty, cadeira de braço Gouthier, cadeira Chancelaria e mesa de centro Roma.
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1. ESCRIVANINHA ITAMARATY
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1/5 Escrivaninha Itamaraty (1960), em madeira freijó, por Sergio Rodrigues. O nome Itamaraty identifica uma serie de modelos e tamanhos de escrivaninhas que se encontram no Palácio Pamphilj, em Roma e no palácio dos Arcos, em Brasília. O modelo apresentado nessa mostra segue as especificações de proporções mais delicadas idealizadas para a sua primeira versão. (Divulgação/Atelier Fernando Mendes)
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2. POLTRONA NAVONA
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2/5 Poltrona Navona (1960), em madeira freijó, por Sergio Rodrigues. A Piazza Navona é um dos locais mais importantes da capital italiana, e a Embaixada do Brasil em Roma se situa nesse mesmo endereço. Sergio desenhou para o Gabinete do Embaixador um conjunto de sofá e poltrona com braços avantajados e estofamento em matelassê com motivos retangulares. A estrutura ortogonal de madeira maciça receber parte estofada da poltrona e do sofá e dá unidade ao conjunto de peças. (Divulgação/Atelier Fernando Mendes)
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3. CADEIRA DE BRAÇO GOUTHIER
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3/5 Cadeira de braço Gouthier (1960), em revestimento de couro natural, por Sergio Rodrigues. Essa peça utiliza o mesmo partido de estrutura da cadeira Chancelaria, porém com a elevação dos pés para receber os braços. A unidade de assento e encosto estofados são acolhidos bela estrutura que abraça o usuário. (Divulgação/Atelier Fernando Mendes)
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4. MESA DE CENTRO ROMA
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4/5 Mesa de centro Roma (1960), em madeira freijó, por Sergio Rodrigues. Essa peça foi criada para a sala de espera do Gabinete do Embaixador em Roma, assim como para o conjunto de estar dentro do gabinete. No palácio aparecem as versões com tampo de madeira e com tampo de mármore branco. (Divulgação/Atelier Fernando Mendes)
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5. CADEIRA CHANCELARIA
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5/5 Cadeira Chancelaria (1960), em revestimento de couro natural, por Sergio Rodrigues. A peça é uma composição entre o uso do couro com tratamento matelassado com a estrutura da base de formato ortogonal em madeira maciça. (Divulgação/Atelier Fernando Mendes)
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“As peças inéditas que o ateliê acaba de recuperar e reeditar artesanalmente refazem o caminho de Sergio para Roma em 1960, ocasião em que ele projetou, no período de quatro meses, cerca de 20 modelos diferentes, entre cadeiras, mesas de reunião, escrivaninhas e diversas poltronas.”, explica o designer e marceneiro Fernando Mendes.
A exposição da Coleção Pamphilij fará parte da Mostra BE BRASIL, evento paralelo à Semana de Design de Milão deste ano, de 17 a 22 de abril. Após a Feira de Milão, as cinco peças estarão à venda em São Paulo, com exclusividade, na Dpot.
–– (Divulgação/CASA CLAUDIA)