
– (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Cecilie Manz gosta de se comparar a Pippi Meia-Longa. Como a personagem da escritora sueca Astrid Lindgen, ela vive garimpando peças inesperadas, que coleciona como preciosidades. O amor pelos objetos e o olhar curioso dizem muito sobre essa designer. Eclética, Cecilie já criou de cadeiras e vasos a caixas de som – tudo com a limpeza de formas que pede a sua alma escandinava. “Um processo intenso, com desafios, me deixa alerta e focada na busca de boas soluções”, diz.
A seguir, nosso bate-papo.

Luminária Mingus: seis cores disponíveis, sempre em tons pastel. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Seus pais eram ceramistas. Como isso a influenciou?
Minha paixão por objetos começou cedo, influenciada por essa convivência. Sempre gostei de vê-los trabalhar. Aprendi muito ficando no estúdio. Meu grande ato de rebelião foi estudar mobiliário, e não cerâmica. Mas tudo faz parte do mesmo círculo. Até hoje minha mãe e eu continuamos discutindo design. É muito bacana.

Cabideiro Tojtrae. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Onde você busca inspiração?
Na vida cotidiana, na família, no trabalho pesado. Só isso é suficiente para criar boas soluções.
Como é o seu processo criativo?
Pensar, rascunhar no papel, fazer modelos. Depois dessa sequência, tudo de novo e de novo e, a cada passo, com mais refinamento.

Conjunto de cerâmicas para a Fritz Hansen. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Você se interessa por pintura e arquitetura. Como aproveita esses temas em suas criações?
Nunca uso nenhuma referência diretamente, mas, de alguma forma, dá para perceber que algo foi capturado e armazenado em uma criação. Certa atmosfera, cor ou algo semelhante que eu observo pode, sim, aparecer em trabalhos futuros.

Cadeira Moku, de faia, para a marca japonesa Nissin Mokkou. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Você é obcecada por objetos. Qual foi o mais estranho que já guardou?
Outro dia, pus a tampa de uma caixa de bentô na bolsa porque tinha uma cor incrível (risos). E qual a importância da cor? As cores são vitais para a nossa percepção. Não me sinto motivada quando não são consideradas importantes num projeto. Elas podem definir o objeto.
Quais são seus objetivos quando começa um novo trabalho?
Inovação e estética.

Banquinho Lots of Paper, feito com dobraduras de papel cartão. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)