
O designer, que é diretor criativo da Sollos, acaba de lançar a grife Jader Almeida Lighting. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Sua obra tem uma essência serena. O que você busca nos seus desenhos?
A cada nova coleção, há uma adição, e não uma ruptura de pensamento. Perenidade, proporção, elegância, inovação e qualidade unem os meus trabalhos, mas todos têm uma identidade própria.

As luminárias de mesa Docc (26 x 36 cm), de vidro opalino com base de mármore e detalhes de cobre. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Quando decidiu seguir a carreira de designer?
Depois de visitar uma mostra de Joaquim Tenreiro, em 1998, quando ainda estava no começo da faculdade de arquitetura. Aquelas criações mudaram a minha percepção. Vi que era possível manipular a física de uma forma genial.

Releitura de modelo inglês do século 16, a Windsor (53 x 53,50 x 95,50 cm) é de madeira maciça. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Que peças de design possui em casa?
Além de algumas minhas, tenho outras de Sergio Rodrigues, Hans Wegner e Álvaro Siza e luminárias Jiel-dé. Sempre aumento a coleção com itens novos, que trago das viagens.

Com estrutura de madeira maciça, encosto de palhinha e assento estofado, a namoradeira Mad é uma derivação da cadeira de mesmo nome. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Você vive em frente ao mar, em Florianópolis. É mais ligado em natureza ou cidade?
Lugares exóticos, por mais transcendentais que sejam, não me atraem. Gosto de praia, claro, mas só no inverno, quando a coloração do céu e do mar é diferente, e a luz, especial. Sou um ser urbano. A urbe me alimenta com a sua diversidade e intensidade de informações. Sou apaixonado por Berlim, Londres, Chicago e Nova York, onde posso aplicar a ideia do “se perder para se encontrar”, atrás de descobertas. Na minha última viagem a Tóquio, desci várias vezes em estações de metrô aleatórias só para caminhar pelas ruas, ver e entender a cidade, absorver seus detalhes de forma sensorial. É um exercício criativo que gera muitos insights.

Pendentes Mush, de aço-carbono com banho de latão e vidro. Agora também nos tamanhos grande (49 x 82 cm) e pequeno (27 x 46 cm). (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Esses insights ficam na lembrança ou você os anota?
Eu ando sempre com um caderninho, em que faço desenhos dessas observações, que mais tarde viram material de pesquisa. Tenho milhares de desenhos. Eles também ficam maturando na memória, em camadas. Em algum momento, vêm à tona e fazem todo o sentido.

Um dos 23 ambientes do showroom de 3 mil m² montado em São Paulo para exibir a coleção. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
Nessa coleção, a inspiração surgiu de algum lugar?
Não de forma objetiva. Como nas outras, as criações resultam de uma miríade de percepções.

Mesas de apoio da linha Jazz (35 x 50 cm, a redonda, e 50 x 30 cm, a oval), com tampo de mármore rosado e base de metal fundido. Todos os preços sob consulta. (Divulgação/Revista CASA CLAUDIA)
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