É impossível narrar a arquitetura brasileira sem mencionar Oscar Niemeyer. Arquiteto e engenheiro carioca formado pela Escola Nacional de Belas Artes (hoje UFRJ), ficou reconhecido pela exploração plástica e construtiva do concreto armado, rompendo com a estética funcionalista do modernismo e transformando-a com sua própria linguagem e identidade nacional. Apaixonado pelas curvas, Oscar tornou-se um dos mais importantes arquitetos do século XX com suas estruturas esculturais e sinuosas. Entre suas principais obras, estão o Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, o conjunto Pampulha, em Belo Horizonte, a sede das Nações Unidas, em Nova York, o Parque Ibirapuera, o Edifício Copan e os prédios governamentais de Brasília.
Sua primeira e única filha, Anna Maria Niemeyer nasceu em 1930, e segue os passos do pai pela arte, mas por outra vertente: a decoração de interiores. Em 1956, Niemeyer foi convidado por Juscelino Kubitschek para projetar os prédios públicos da nova capital do Brasil, os quais foram concluídos antes de 1960. A decoração e mobiliário dos edifícios foram projetados junto com Anna, que assinou também os interiores de diversas outras obras do pai. Nos anos 1970, pai e filha se uniram para desenhar uma linha de móveis, que foram exibidos em alguns dos mais importantes museus do mundo. Em 1977, Anna Maria inaugurou uma galeria em seu nome, hoje localizada na Gávea, com o objetivo de divulgar com critério a arte contemporânea brasileira.
Anna faleceu poucos meses antes do pai, aos 82 anos. Oscar Niemeyer faleceu em dezembro de 2012, 3 dias antes do seu aniversário de 105, deixando um legado inestimável para a arquitetura.