Há algumas semanas, o doodle (a versão modificada do logotipo do Google) homenageava Maria Carlota Costallat de Macedo Soares, responsável por projetar o Parque do Flamengo – o maior aterro urbano do mundo.

– (Reprodução/Google)
Hoje, a homenageada da vez é outra arquiteta: a sino-brasileira Chu Ming Silveira. Ela nasceu em Xangai em 1941 e estaria completando 76 anos hoje. Em 1950 veio com a família para o Brasil e em 1964 formou-se em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

– (Divulgação/orelhao.arq.br)
Chu Ming Silveira é responsável pelo desenho de um dos mobiliários urbanos mais populares: o orelhão. A arquiteta concebeu o projeto em 1971, quando chefiava o Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira (CTB), em São Paulo. O principal objetivo do projeto era encontrar uma solução em design e acústica. A partir da forma do ovo, simples e acusticamente a melhor, segundo a arquiteta, foram desenvolvidos os chamados orelhinha e orelhão. O primeiro, em acrílico cor-de-laranja, foi idealizado para telefones públicos instalados em locais fechados, como estabelecimentos comerciais e repartições públicas. O segundo, mais conhecido, foi concebido para áreas externas, fabricado em fibra de vidro nas cores laranja e azul, resistente ao sol e à chuva, ao frio e às altas temperaturas brasileiras.

– (Divulgação/orelhao.arq.br)
Chu Ming Silveira também desenvolveu projetos residenciais no litoral paulista. Em cidades como Ilha Bela, desenvolveu um estilo singular, denominado “Pós-caiçara”, em que utilizava materiais e técnicas contemporâneas em harmonia com a cultura tradicional caiçara. Ao longo da carreira, também dedicou-se à Programação Visual. Faleceu em 1997.

Orelhão em versão dupla nas ruas de São Paulo, em 1973 (Divulgação/orelhao.arq.br)
Os filhos da arquiteta mantém o acervo sobre o projeto no site orelhao.arq.br